Ensaio sobre o verdadeiro amor

00:32 postado por Thiago Terenzi

Acalma-te! Dá-me a mão e te acalma. Tira o olhar de choro e te levanta – que a vida é de estar-se em pé. Firma os dedos trêmulos e anda. Sem medo, anda que o mundo é de se arriscar. Apesar de.

Pois em ti – ah, em ti não há ódio. É que em ti só há coisas bonitas, lembranças e saudades. Em ti há o verdadeiro da coisa – pois só o verdadeiro da coisa é incapaz de travestir-se em ódio. E em ti não há ódio, apesar de.

Tu, forte que és, não fez da dor um odiar-ao-outro, que é maneira fácil de fugir do choro. Tu não! – ah, tu, que aceitas a dor com carinho materno e diz-se a si mesmo palavras sem rancor; escuta: acalma-te e dá-me o corpo desprotegido à procura de afago. Dá-me que te protejo como mãe. Deitas sobre este colo e dorme, que a noite passa. A vida passa. O ódio passa. Apenas o verdadeiro permanece.

Deita e dorme que a felicidade logo vem.

4 pessoas disseram. E você?:

  1. Rafael Sandim disse...

    Voltou em grande estilo. Lindo texto.

  2. Marina Oliveira disse...

    Nossa, que lindo! Está no curso certo. Muito bom!

  3. Luisa disse...

    Delicado e verdadeiro, muito lindo!

    =)

  4. Aline disse...

    Olá, Thiago, adorei o teu blog, inclusive a descrição que fizeste a teu respeito (no sobre mim).

    Teu post está de emocionar. Por favor, continue escrevendo. Parabéns!

    Abs!!

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