Dignidade
20:24 postado por Thiago Terenzi
E o principal: nem por um instante ela chorou. Ficou ali com seus olhares anestesiados, rosto plastificado. Mas a face continuou – e continuaria sempre – seca, sem qualquer sinal de choro. Não que lhe faltasse motivo ou dor, nada disso: era que o choro borraria a maquiagem. E era preciso manter a dignidade, nada de escândalos cinematográficos – ah, eles estão tão fora de moda... –, é que era preciso a dignidade acima de tudo. Era juntar os cacos, recolocar o barquinho na água e ir. Ir.
13 de dezembro de 2009 às 21:02
Sei como é...
19 de dezembro de 2009 às 22:32
lágrimas sinceras quando são derramadas aliviam a alma. Se todos resolvessem chorar suas mágoas em público seria um transtorno, talvez seja por isso que mtos preferem sorrisos vazios... eles não chamam tanta atenção e disfarçam as incorreções da existência, assim como a maquiagem.
bjs
29 de dezembro de 2009 às 06:32
Não estamos todos condicionados à estas máscaras? Seja dignidade, orgulho, etc...
Thiago, feliz ano novo, é sempre bom vir aqui e ler o que há de novo.
abraços!
29 de dezembro de 2009 às 14:56
eu adoro aqui né meu?
voce é foda!
12 de janeiro de 2010 às 14:40
Ah, as aparências.
Elas e a importâncias que dão a elas.
Cansativo.
13 de janeiro de 2010 às 03:01
Isso de cacos me lembrou um trecho de um texto do nosso Caio.
"Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra."
24 de janeiro de 2010 às 14:24
Oi, Thiago...
Vim avisar que voltei ao meu blog.
E é muito bom saber que por aqui as palavras continuam tão (ou mais) encantadoras quanto antes.
Beijos meus.
=)
26 de fevereiro de 2010 às 16:19
Boa tarde, xará!
Dê sinal de vida, Thiago. Some não!