O Filme - Thiago Terenzi
16:14 postado por Thiago Terenzi
O Filme
Só você e ela naquele cinema. Claro, dezenas de pessoas estão ali assistindo ao mesmo filme, mas na sua mente, existem apenas vocês dois. O filme? Você nem sabe qual é: sua mente voa longe, por lugares que você nem sabe quais são.
As luzes se apagam, o filme começa e seu coração bate mais rápido. A pipoca, ambos dividem - ela fica no meio e é a única separação entre vocês. Você come rápido, é uma maneira desesperada de achar utilidade para as agitadas mãos. Sem graça, finge prestar atenção ao filme, mas seus olhos vão além da tela do cinema e você escuta o seu próprio batimento cardíaco acelerar.
Discretamente, você se move arredando o corpo mais próximo ao da garota; o movimento é imperceptível, mas você se sente um idiota ao fazê-lo de forma tão grosseira. Sua perna, então, encontra a dela por alguns segundos. Não é apenas um esbarrão, é também o primeiro contato físico entre vocês. Parece besta, mas aquele simples toque despertou-lhe milhares de sensações até então inéditas em seu corpo. O suor frio toma conta de você.
Você se acha tão besta e tão feliz. É como se estes dois estados de ser fossem causa e conseqüência: ser feliz é a conseqüência de ser besta – não a bestialidade pejorativa, essa você não tem, mas sim a bestialidade inocente, aquela que te faz rir nas menores coisas. Ah, você adora esta!
Você também sente seu corpo liberar adrenalina incessantemente. Você mal sabe, na verdade, descrever o que sente, mas é bom: uma mistura de medo e êxtase. Ela é apenas uma garota concentrada num filme qualquer. Como é capaz de causar tudo isso? Pouco importa.
O filme já vai caminhando para o seu desenrolar final e você começa a ficar impaciente. Todos parecem olhar hipnotizados para a tela do filme, mas seus olhos não conseguem. A pipoca já acabou e seu corpo está quase colado ao dela. Você olha para ela, mas ela parece estar compenetrada no filme... Apenas parece! No fundo, assim como você, a mente dela viaja por vários mundos. “Ela também quer”, conclui.
Você continua olhando para ela e sabe que ela já percebeu, apesar de fingir o contrário. O filme está acabando e o seu tempo também. Com o coração acelerado, você enche o peito de ar e sussurra – há minutos vinha, mentalmente, ensaiando o que falar, mas no fim, incapaz de repetir o ensaio, sussurra:
- Posso?
- O quê? – Ela responde sem tirar o olhar da tela.
- Você sabe...
Ela não diz nada, apenas sorri enquanto fecha os olhos. Você também sorri: já sabe o que fazer.
Lentamente, você aproxima seu rosto ao dela beijando-a. É um beijo desajeitado, meio sem querer. Mas já basta, é o beijo mais sincero da sua vida.
Talvez o mais longo, também! O filme já acabou, as pessoas começam a deixar o cinema, mas você continua beijando-a, aproveitando cada segundo do dia mais feliz da sua vida. Foi um filme incrível! Qual era mesmo o nome?
Só você e ela naquele cinema. Claro, dezenas de pessoas estão ali assistindo ao mesmo filme, mas na sua mente, existem apenas vocês dois. O filme? Você nem sabe qual é: sua mente voa longe, por lugares que você nem sabe quais são.
As luzes se apagam, o filme começa e seu coração bate mais rápido. A pipoca, ambos dividem - ela fica no meio e é a única separação entre vocês. Você come rápido, é uma maneira desesperada de achar utilidade para as agitadas mãos. Sem graça, finge prestar atenção ao filme, mas seus olhos vão além da tela do cinema e você escuta o seu próprio batimento cardíaco acelerar.
Discretamente, você se move arredando o corpo mais próximo ao da garota; o movimento é imperceptível, mas você se sente um idiota ao fazê-lo de forma tão grosseira. Sua perna, então, encontra a dela por alguns segundos. Não é apenas um esbarrão, é também o primeiro contato físico entre vocês. Parece besta, mas aquele simples toque despertou-lhe milhares de sensações até então inéditas em seu corpo. O suor frio toma conta de você.
Você se acha tão besta e tão feliz. É como se estes dois estados de ser fossem causa e conseqüência: ser feliz é a conseqüência de ser besta – não a bestialidade pejorativa, essa você não tem, mas sim a bestialidade inocente, aquela que te faz rir nas menores coisas. Ah, você adora esta!
Você também sente seu corpo liberar adrenalina incessantemente. Você mal sabe, na verdade, descrever o que sente, mas é bom: uma mistura de medo e êxtase. Ela é apenas uma garota concentrada num filme qualquer. Como é capaz de causar tudo isso? Pouco importa.
O filme já vai caminhando para o seu desenrolar final e você começa a ficar impaciente. Todos parecem olhar hipnotizados para a tela do filme, mas seus olhos não conseguem. A pipoca já acabou e seu corpo está quase colado ao dela. Você olha para ela, mas ela parece estar compenetrada no filme... Apenas parece! No fundo, assim como você, a mente dela viaja por vários mundos. “Ela também quer”, conclui.
Você continua olhando para ela e sabe que ela já percebeu, apesar de fingir o contrário. O filme está acabando e o seu tempo também. Com o coração acelerado, você enche o peito de ar e sussurra – há minutos vinha, mentalmente, ensaiando o que falar, mas no fim, incapaz de repetir o ensaio, sussurra:
- Posso?
- O quê? – Ela responde sem tirar o olhar da tela.
- Você sabe...
Ela não diz nada, apenas sorri enquanto fecha os olhos. Você também sorri: já sabe o que fazer.
Lentamente, você aproxima seu rosto ao dela beijando-a. É um beijo desajeitado, meio sem querer. Mas já basta, é o beijo mais sincero da sua vida.
Talvez o mais longo, também! O filme já acabou, as pessoas começam a deixar o cinema, mas você continua beijando-a, aproveitando cada segundo do dia mais feliz da sua vida. Foi um filme incrível! Qual era mesmo o nome?
15 de novembro de 2007 às 22:52
ah cinema combina muito com romance ^^ .. *breathless*
21 de novembro de 2007 às 18:47
Acho que irei ao cinema na 4a feira que vem.... ainda nem sei qual filme irei assistir.
Mas a cia. será muito agradável. rs
Um grande abraço Thiago.
27 de novembro de 2007 às 10:27
vi q vc gosta d clarice.. postei um trechinho!! ;D