Sobre o entender-me
12:56 postado por Thiago Terenzi
As palavras não importam – digo sem rodeios literários, ríspida e impulsivamente. As palavras são o que há de menor na alma que é texto escrito. É a epiderme, e eu quero – devias querer-te também – no que há no mais profundo.
É que as letras limitam a alma ao dicionário – como saber qual palavra usar? Ignorante, prefiro munir-me no não-sentido. Salvo-me ao escrever caoticamente, que é a forma de escrita primária. É assim: as letras saem e formam ritmos e cores e risos e choros e sabe-se-lá-o-que-mais. E se misturam, as palavras, em formas estranhas. E faz-se espelho da alma – que é caos por natureza.
E escondo-me no simples que há no hermético das palavras. E basta. É simples. É completo. Basta. Prefiro-me assim: nas entrelinhas da não-linha.
2 de abril de 2009 às 09:17
Leitura interessantíssima!
Você tem o dom de ser raro, Thiago.
Beijos.
5 de abril de 2009 às 14:11
Jamais havia analisado a escrita dessa maneira. Meus parabéns, ficou ótimo o texto.
Atenciosamente,
Fábio.
24 de junho de 2009 às 18:59
Clarice Lispector está online. Você vai AMAR teoria da literatura.
Vc é perfeito!
=*