Sobre o entender-me

12:56 postado por Thiago Terenzi



As palavras não importam – digo sem rodeios literários, ríspida e impulsivamente. As palavras são o que há de menor na alma que é texto escrito. É a epiderme, e eu quero – devias querer-te também – no que há no mais profundo.

É que as letras limitam a alma ao dicionário – como saber qual palavra usar? Ignorante, prefiro munir-me no não-sentido. Salvo-me ao escrever caoticamente, que é a forma de escrita primária. É assim: as letras saem e formam ritmos e cores e risos e choros e sabe-se-lá-o-que-mais. E se misturam, as palavras, em formas estranhas. E faz-se espelho da alma – que é caos por natureza.

E escondo-me no simples que há no hermético das palavras. E basta. É simples. É completo. Basta. Prefiro-me assim: nas entrelinhas da não-linha.

3 pessoas disseram. E você?:

  1. Iara Maine disse...

    Leitura interessantíssima!
    Você tem o dom de ser raro, Thiago.

    Beijos.

  2. Anônimo disse...

    Jamais havia analisado a escrita dessa maneira. Meus parabéns, ficou ótimo o texto.

    Atenciosamente,

    Fábio.

  3. Dóris disse...

    Clarice Lispector está online. Você vai AMAR teoria da literatura.

    Vc é perfeito!

    =*

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